segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Morte

quando chega a hora,

quando estou quase a chegar,

o meu coração errante

não se decide a esperar.

prefere correr dali,

prefere aqui não voltar,

vida desperdiçada.

à água me decido a atirar,

e não entrar no barco

por onde ia passar.

depois de um momento frio,

até ao fundo nadar,

caí para cima, morta,

como um peixe a boiar.

___

Mais um poema mórbido

5 Comments:

Anónimo said...

Desculpa,Patrícia,se ficaste magoada.As pessoas q. me enviaram são amigas,deixam ao critério de cada pessoa, fazer como queira.
Fiz o mesmo.
A liberdade,a decisão,a escolha é de cada um.
Beijo.
isa.

Tiago Mendes said...

Ok... está giro. Gostei do formato que deste :)

Tiago

Pedro said...

Acredita, o poema está espectacular e, sinceramente, acho que ultimamente foi dos melhores que li na blogosfera! Tens mesmo jeito!

O problema é que ultimamente pensar nestes temas é horrível para mim -_-

Leto of the Crows - Carina Portugal said...

Gosto especialmente do peixe a boiar... e do verso "cai para cima, morta...".

(Comentário extremamente instrutivo, não haja dúvida)

Kath said...

Eu gostei, apesar do tema. ^^