sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Espera


Acordei. Os raios solares polvilhavam o quarto com a luz matinal. Abri os olhos, esfreguei-os, e sentei-me na cama. Quando me levantei, alguém abriu a porta.
Ele sorriu-me.
"Que fazes aqui?", perguntei.
"Voltei."
"Esperei tanto tempo. O que aconteceu?"
"Eu explico-te. Mas primeiro, quero que saibas que te amo."
"Mentes. Nunca me disseste isso."
"Eu to digo agora."
"Abandonaste-me."
"Que querias que fizesse? Não tive escolha."
"Podias ter-mo dito antes."
Vieram-me lágrimas aos olhos. Ele aproximou-se e limpou-as.
"Tu já o sabias."
Abracei-o.
"Também te amo."
"Eu sei."

Mas acordei. Tinha sido apenas um sonho. Agarrei na fotografia dele e os os meus dedos crisparam-se na moldura.
Ele podia ter dito.
Mas eu sabia.

"Volta depressa."