domingo, 22 de agosto de 2010

Touradas


Se há coisa que me deixa em completo stress e mesmo enervada, são as touradas. Não suporto a escravidão dos animais, ali contravontade num espaço completamente limitado, com uma multidão a olhar para eles e a aplaudir a bravura (?) dos toureiros. Bravura? A bravura é toda dos touros. A serem espicaçados e maltratados, sem possibilidade de escapatória. Tentam defender-se e depois censuram-nos por isso. Se conseguem ferir os inúmeros atacantes que os espicaçam e maltratam, ainda por cima, depois de lhe terem serrado a ponta dos cornos, ficam logo "Ah, coitadinhos dos toureiros". Não gosto que isso aconteça; mas pelo menos pensem também nos touros!

Ontem estava a dar uma tourada na televisão. Acreditem ou não, eu chorei.

Quando estavam a empurrar o touro para a arena, ele ia a recuar, em posição de defesa, estão a perceber? Ele não queria ir para a luz, nem queria atacar o toureiro que estava na luz. Ele queria perceber porque é que o meteram ali, e a tentar defender-se. Quando o espicaçavam (e acreditem que não foi pouco, o raio da cavaleira nunca se calou com os gritos!), o touro, basicamente, só olhava para eles e só às vezes é que corria contra os cavalos/toureiros! Quando chegou a vez dos forcados, ele nunca correu contra eles como se costuma ver. Ele só, sei lá, digamos que foi tipo trotar. E quando chegava ao pé do forcado é que baixava a cabeça e depois a levantava com força para dar uma cornada.

Eu tive de sair da sala. Não aguentei, acreditem ou não. Mas este touro, tinha tanta bravura, tanta inteligência, eu voltei à sala de vez em quando. E chorei. E irritei-me tanto com o facto de haver touradas que logo a seguir a esse touro decidi que tinha de fazer alguma coisa. O que puder, e vou tentar perceber o que posso fazer. O mais rápido possível.

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