quando chega a hora,
quando estou quase a chegar,
o meu coração errante
não se decide a esperar.
prefere correr dali,
prefere aqui não voltar,
vida desperdiçada.
à água me decido a atirar,
e não entrar no barco
por onde ia passar.
depois de um momento frio,
até ao fundo nadar,
caí para cima, morta,
como um peixe a boiar.
___
Mais um poema mórbido
5 Comments:
Desculpa,Patrícia,se ficaste magoada.As pessoas q. me enviaram são amigas,deixam ao critério de cada pessoa, fazer como queira.
Fiz o mesmo.
A liberdade,a decisão,a escolha é de cada um.
Beijo.
isa.
Ok... está giro. Gostei do formato que deste :)
Tiago
Acredita, o poema está espectacular e, sinceramente, acho que ultimamente foi dos melhores que li na blogosfera! Tens mesmo jeito!
O problema é que ultimamente pensar nestes temas é horrível para mim -_-
Gosto especialmente do peixe a boiar... e do verso "cai para cima, morta...".
(Comentário extremamente instrutivo, não haja dúvida)
Eu gostei, apesar do tema. ^^
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